quinta-feira, fevereiro 10

Um modo de amar.

“Tu vives em mim por tudo o que representaste de bom e que foste de mau. E, no entanto, não tenho por ti nenhum sentimento de raiva, de tristeza ou de desejo de esquecimento por todas as desilusões e dissabores que me causaste fui eu que deixei que me fizesses mal e sei melhor do que ninguém que nunca me quiseste magoar.”
É como se não me conhecesses realmente, mas no fundo eu sei que conheces, e eu que te conheço demasiado bem, amei-te por tudo o que me fizeste sentir, por ser quem era e como era quando estávamos juntos: feliz, um pouco frágil, sonhadora como nunca fui com qualquer outro homem.
Um dos factores que pode garantir o sucesso de uma relação é, sem dúvida, o riso, e tu fizeste-me sorrir de uma felicidade que não podia conter em mim...
Não sei onde está o teu coração agora, se ainda vivo lá dentro ou se outra ocupou todo o espaço em que já fui feliz, mas sei que no meu ainda aqui estás, e selaste-te a ele de uma forma irreal, e não queres sair.
Os amores são para ser vividos, sonhá-los não basta. São para se consumir, até que morram, talvez, mas sem medo, com desejo e vontade, como se não houvesse amanhã, porque o amanhã não sei se chega para mim, ou para ti ou para qualquer pessoa que amamos. E uma hora pode saber a dias a fio, uma semana podem saber a anos de conveniência se forem vividos como eu e tu os vivemos.
Para ser verdadeira, és o primeiro homem de quem gosto com todos os defeitos chapados na cara, e não me importo. Quando digo que não consigo esquecer-te, é aquela mentira bonita que gosto de contar a mim mesma, eu não quero e por isso conseguir é impossível... Talvez um dia destes queira.
A pouco e pouco comecei a perceber que não há respostas para tudo. E as poucas que existem, ou são erradas ou são absurdas.
Mas aprendo todos os dias que tanto faz o tempo e o lugar, o que conta é o modo de ser e de amar.

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