nao se porque me esforço tanto para nao chorar.

nao sei porque sempre me esforço tanto para nao chorar..
Nao sei porque continuo com este sorriso falso nos labios..
Porque sempre faço questão de o mostrar..
Não sei porque continuo a fazê-lo parecer real..
Por vezes estar sozinho é reconfortante..
Porque está sempre uma multidao a cercar-me...
mas continuo aqui.. apenas eu..
Quero ficar aqui.. sozinha.. sema minha mascara..
Quero conseguir deixar de me esforçar para que os outros nao me vejam..
Quero olhar para cima.. e deixar que o sol me aqueça..
Vou continuar a quer-lo..
ate amanha multidao..
amanha ca estarei com o meu sorriso para voces...

Caixa.

hoje olho para mim..
se eu fosse uma caixa.. seria daquelas forradas a papel gasto..
daqueles que por muito velhos k sejam continuam bonitos..
Seria essa caixa, vazia..
Com um fundo falso onde se guarda os segredos da vida..
As memorias do coração..
por cima desse fundo.. apenas um grande nada..
um quadrado cheio de vontade de ser preenchido de novas memorias.. de novas experiencias...
e sei porque me sinto essa caixa..
porque estou arrumada nas prateleiras de muitos..
cheia de pó na tampa.. mas daquelas que não se deitam fora..
Das que se pegam quando se quer reviver momentos..
Das que os fazem sentir bem..
Das que gostariam de ter mais tempo para..
E eu tbm gostaria de ter tempo para eles..
Hoje entao vazia de emoções.. Durmo sobre este vazio que paira na minha caixa..
E sou prisioneira dele... e do seu fundo falso...

I'm alive.. but i'm alone...

Num buraco sem fundo em que se tornou o mundo..
Sento-me calada na escuridão da noite..
Ouço palavras que o vento levou...
Fecho os olhos por pequenos instantes,
E em suficientes segundos relembro sorrisos..
Vejos caras amigas.. Vejo sorriso de felicidade..
Ás vezes ainda consigo ouvir as vozes deles.. As suas gargalhadas sinceras..
às vezes deixo-me ficar assim..
E não quero voltar..
Porque quando abro de novo os olhos..
quando volto á realidade..
é tudo escuro de novo.. é tudo sombrio..
e está tanto frio aqui...
Abraço-me a mim mesma.. e assim fico aqui sentada..
Até que o sono me leve de novo pra aqueles segundos...
Não quero acordar.. Não me obriguem a abrir os olhos..
O que me interessa estar viva.. se no final estou sozinha...Nada!

Apenas eu.

sentada neste chão molhado..
Olho pequenas gotas de chuva descerem os degraus..
Vejo um jornal encharcado e uma nota perdida..
Vejo pedaços de gente a minha volta..
Vejo pedaços de mim neles..
vidas cruzadas, mas nunca tocadas..
Sentimentos adormecidos..
Emoções não vividas.
Vejo-me neste cenário.. Reflicto sobre o meu ser..
Sentada numa escada velha.. Revejo os meus motivos..
o meu estado, o meu caminho.
delineio metas quais não sei se quero chegar...
Não.. Vou apenas olhar o céu.. deixar-me apenas lavar por esta água límpida..
Que me sossega na nostalgia...
deixa-me apenas aqui sentada.. neste momento vou ser apenas eu.